07/12/2010

mensagem na garrafa

Pois tanto que regressar queria
não fora o mar estar tão bravio
não encontro caminho de casa;
- Ó Condado estás um fastio!

Tens p'raí agora nos teus mandos
um rei que nada sabe, passeia na Lua
ele não tem culpa ele nem queria
era para ser rei só por um dia.

O povo trocou-lhe as voltas
qual querença masoquista:
diz sempre que é a catástrofe
mas c'os carrascos se alista.

Diz-me tu ó Condado, queres-me
ainda aí, valerá a pena voltar?
Haverá ainda cidade, rio, castelo,
não será já hora de fechar?

22/10/2010

ei-lo que se aproxima

Há anos ausente por força da estabelecida carência nas orlas pardacentas do Nabão, espoliado do palácio e desnorteada a sua corte, cirandando pelo mundo no seu yawl desde então sem certo porto, eis que o Conde sofre apelo da sua pátria apoquentada, oprimida sob o jugo dos maus exegetas da astúcia nabantina, e prepara para breve em alvorecer de bruma sua ancoragem bem ali no Flecheiro amado, para si sempre Condado.