22/11/2006

Enquanto o Natal não chega.

Alô gentes,
Descidas as águas e eminente o frio, será igualmente verdade que turva e quente se encontra a política partidária local. Mais ou menos como os comentários neste e noutros condados.

No PSD seguem as lutas surdas, como que a testar a velocidade do pelotão, já que ninguém arrisca ainda assumir-se como camisola amarela, mas as tropas aos poucos arregimentam-se, e só falta percebermos que tipo de batalha teremos pela frente.
Como diria o Solnado, a guerra hoje está fechada, mas deve abrir um pouco mais lá para o fim da era Vicente O Mudo, pajem a mando do regedor anterior, Dom Carrão das Freguesias, e será provavelmente esse mesmo, qual Ricardo Coração de Leão a regressar das Cruzadas, que quererá voltar a sentar na cadeira do trono do Condado do Laranjal. Falta saber se conseguirá, pois o vislumbre de poder chegar à excalibur é agora algo que muitos já sentem. A névoa dissipou-se, e muitos julgam ver aqui uma oportunidade.
Com o Príncipe da Alameda, O Perfeito, cada vez mais fora mas sem deixar de estar dentro, e a declarar apoio ao seu mais próximo Sim Senhor, talvez para disfarçar que em verdade não presta apoio a nenhum, a direita tomarense, que mal ou bem não existe outra cá pela terra da Iria, terá aqui a enorme dificuldade cada dia mais evidente de preparar a sucessão se o actual Rei não largar a cadeira e ceptro de vez.
Em qualquer matilha o líder assim se torna pela afronta vitoriosa com o anterior ou pelo desaparecimento desse, mas quem consegue enfrentar O Príncipe, se o PSD dorme há mais tempo que a Bela Adormecida?

Já pelo PS, pronunciam os anais que o líder anunciou que não farão em caso algum, parte dos sete cavaleiros que partirão rumo ao Palácio da Autarquia, Dom Pedro Passado e Monsenhor Rosa Martelo, exigindo a que quem disso ainda sofrer pesadelos, que consultasse algum padre exorcista. Consta que foi aplaudido.
A isto se somam os reptos para que os da casa não alimentem as ferroadas anónimas que lhes prestam na Blogolândia.
É fácil de imaginar a complicação que grassará pelo miolo do Cristóvão, porque mesmo que afastadas as assombrações independentistas, espectros do passado ainda os haverão por lá, mesmo apesar de todos os que aos poucos foram postos ou se puseram ao fresco. E aquilo que pareceria um deserto, a secura de candidatos a candidatos, parece agora revelar-se abundância.
Ora, provou-se que é possível manter numa só habitação do centro histórico 99 canídeos, mas conseguir-se-á manter num só partido tanta ambição individual e desmedida? O jovem, a quem acusam de autoritário, verá a sua vida dificultada provavelmente pelo contrário, o excesso de liberdade que muitos dos seus liderados gozam, o que, para a prática destas coisas, nunca é bom.
O que fazer? Ele sabe que, até porque em terra de batinas dificilmente saias governam, medidas todas as circunstâncias seria o melhor candidato para o partido, mas exactamente porque é no partido o primeiro responsável, não quererá, errando provavelmente, exercer essa querença que outros lhe partilham também.
E assim, afigurar-se-á que como no tempo dos cavaleiros marítimos seja necessário recorrer a estrangeiros para conseguir levar a empresa por diante, sendo certo que desde essa altura ou já antes não gostamos dos espanhóis que estão logo ali ao lado, mas preferimos antes os alemães ou os austríacos, que vêem de mais longe e usam títulos mais pomposos.
Por outro lado, pompa e circunstância, é algo que em terras do Nabão muito se aprecia.
A novela continuará, e cá estaremos para assistir.

Diversificando para o pão e circo, ou neste caso pão e flores, foi finalmente anunciado o comité central da feira das vaidades que mais rende cá nas terras do condado.
João Vital, embora mordomo, não parece na verdade estar a abrir a porta a coisas novas, além das novidades marchantes nos elísios portugueses em dia de aniversário da menina do Balsemão, coisa na qual alguns viram muito mal, o que é bom, porque viram. O mesmo terão feito alguns milhares mais, e nesse aspecto se parabeniza o monárquico Vital. Mas a isto voltarei mais tarde...

... porque vai a récita já longa, e as pontas dos dedos já me doem, aqui vos deixo com reticências no fim, afim de vós mesmos poderdes completar com entenderes.
Divirtam-se, mas com juízo!!